Portuguesa abre fase final e tenta esquecer Brasileiro e favoritismo
Os sofrimentos da reta final do Campeonato Brasileiro de 2012 não ajudaram a Portuguesa a ter "paz e sossego na vida" este ano, como diz a tradicional música de Réveillon. Depois de brigar contra o rebaixamento nacional até a última rodada, o time paulistano iniciou a Série A2 do Campeonato Paulista contestado, vaiado e derrotado - pelo Monte Azul, que sequer conseguiu se classificar para o quadrangular final. Após o "jogo de xadrez" da primeira fase, a Lusa abre a etapa decisiva do torneio neste sábado, às 10 horas (de Brasília), quando visita o Grêmio Catanduvense no estádio Silvio Salles, a cerca de 380 km da capital.A ideia do técnico Péricles Chamusca, responsável por substituir o dispendioso Geninho a 40 dias da estreia na segunda divisão estadual, é de manter a base da equipe da A2 no Brasileirão que começa a ser disputado em maio. "Quero exercitar o espírito da A2 para jogar o Brasileiro assim, com essa pegada", revela o comandante, em conversa com a GazetaEsportiva.Net na semana em que inicia o novo desafio na equipe rubro-verde: "É como se fosse um novo campeonato, não dá para ter referência do que você encontrou na fase anterior".Classificada em segundo lugar com cinco pontos a menos que o líder Audax, que bateu quase 80% de aproveitamento na primeira fase, a Portuguesa foi a última equipe a iniciar sua preparação para o Estadual. A última rodada do Brasileiro foi disputada no dia 2 de dezembro e, até a reapresentação do elenco, um mês depois, havia apenas quatro novidades: Péricles Chamusca, o técnico, Moisés Moura, Rafael Chorão e o volante Correa, que havia sido rebaixado com o Palmeiras.Em contrapartida, mais de uma dezena de jogadores deixaram o Canindé na virada do ano, incluindo nomes como Dida (foi disputar a Libertadores pelo Grêmio), Bruno Mineiro (emprestado pelo Atlético-PR ao Al Khor-EAU), Ananias, Gustavo, Léo Silva, Boquita e Zé Antônio, entre outros. Durante a competição, ainda, Kempes saiu por insatisfação com a torcida, sem contar com a coleção de lesionados - os reforços Moisés Moura e Rafael Chorão sofreram com problemas físicos, além de Diego Viana e Moisés."Teve um momento difícil no início da temporada, porque a Portuguesa virou o ano com problemas financeiros, não pôde se planejar para o início da temporada em função disso, perdeu 13 jogadores e contratou cinco, começando com o grupo desequilibrado. As outras equipes começaram a treinar em outubro, e nós tivemos 15 dias. Era um jogo de xadrez para montar o time, eu praticamente não fazia lista de relacionados: os 18 que sobravam iam para o jogo. Montei o time em 15 dias. E tive que entrosar dentro do campeonato", lembra Péricles Chamusca, satisfeito com o trabalho realizado até aqui.Em 19 partidas, foram 12 vitórias, quatro empates e três derrotas - inclusive aquela inesquecível, que praticamente deu ao Audax a ponta da tabela com um 3 a 2 no Nicolau Alayon. Entre as vitórias, as maiores lembranças são dos 4 a 0 aplicados no Grêmio Osasco, os 2 a 0 no Guaratinguetá e até a vitória simples no clássico paulistano contra o Juventus: 2 a 1 no Canindé. No quadrangular final, graças ao posicionamento, a Lusa encara Catanduvense, Comercial e Capivariano por duas vagas na elite estadual em 2013.Para Chamusca, no entanto, ter ido bem na primeira fase não adianta nada para a etapa complementar da A2. "É uma competição bem difícil, e agora afunila. Você não consegue fazer uma avaliação pela estatística dos campeonatos anteriores, porque começa do zero. Ano passado o oitavo colocado foi vice-campeão. Então não tem isso de ir bem na fase classificatória e virar favorito no quadrangular final", alertou, lembrando da campanha da União Barbarense no ano passado.Com Souza e Arraya, principais destaques da primeira fase, à disposição, a Portuguesa começa a colocar seu favoritismo em jogo diante da Catanduvense, que avançou como sétima colocada. Para ‘bater e voltar’ na Série A2 do Paulistão e provar que "és grande na tua glória", Chamusca dá a receita: "Esse campeonato começa agora".
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